Arquitetura

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Jundiaí - Complexo Fepasa construído para abrigar oficinas de locomotivas a vapor, 1890. Foto Márcio Masulino

As construções nos dez municípios revelam a história de colonização e desenvolvimento da região. Cada núcleo preserva marcas de diferentes períodos e estilos, que dialogam com a herança dos imigrantes, a tradição agrícola e o crescimento urbano-industrial.

Nas propriedades rurais, predominam as casas-sede de fazendas erguidas no fim do século XIX e início do século XX, muitas em taipa de pilão ou alvenaria simples, com telhados coloniais e varandas voltadas para os pomares. Essas edificações refletem o cotidiano agrícola, ao mesmo tempo funcional e acolhedor, integrando-se à paisagem dos vinhedos e sítios.

A chegada de imigrantes, sobretudo italianos, trouxe traços arquitetônicos próprios, visíveis em construções de pedra e tijolo aparente. Em cidades como Jundiaí, Valinhos e Vinhedo, a influência aparece em sobrados com janelas altas, portais trabalhados e pátios internos.

As estações ferroviárias, erguidas na expansão da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, marcam outra fase da paisagem arquitetônica. Estruturas como as de Louveira, Valinhos e Itatiba revelam o estilo eclético do início do século XX, com detalhes em ferro fundido e alpendres cobertos. Galpões de tijolo aparente e passarelas metálicas compõem conjuntos hoje usados como centros culturais e museus, revelando a estética industrial do passado.

A urbanização trouxe novos elementos. Em Indaiatuba e Itupeva, por exemplo, o art déco se faz presente em antigas residências e prédios públicos das décadas de 1930 e 1940, enquanto Atibaia preserva casarões coloniais que dividem espaço com construções modernas voltadas ao turismo. 

A modernização recente trouxe requalificações que transformam antigos galpões em centros culturais, ateliês e escolas de música, mantendo fachadas, esquadrias e pisos originais.

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