A literatura não está isolada em bibliotecas ou salas de aula: ela circula. Praças recebem leituras públicas; escolas organizam oficinas de criação; bibliotecas municipais promovem encontros entre leitores e autores; grupos comunitários mantêm clubes de leitura e saraus. Esse movimento constante faz com que o livro deixe de ser apenas um objeto escolar e passe a ocupar o cotidiano como prática cultural, convivência e conversa entre gerações.
Autores da região produzem poesia, crônica, romance, ensaio e literatura infantil a partir de referências diretas, como a vida nas pequenas e médias cidades, a relação com a terra, as memórias de família, o imaginário da juventude e as histórias orais que atravessam décadas. Muitos publicam de forma independente, participam de coletâneas e circulam em feiras literárias regionais.
Entre as crianças, atividades como contação de histórias, jogos de linguagem, rodas de leitura e desafios de escrita ajudam a formar leitores. Mais do que “gostar de ler”, trata-se de desenvolver vocabulário, capacidade de atenção e compreensão de texto, além de aproximar as famílias da leitura como momento compartilhado, e não como obrigação.
Nos saraus, quem lê não apenas apresenta um texto, mas também se posiciona diante da própria realidade. Nos clubes de leitura, o livro vira ponto de partida para discutir temas sociais e estilos de escrita. Ler e comentar juntos cria laços comunitários.



