A cultura cervejeira ganhou espaço próprio no Circuito das Frutas e hoje já faz parte da identidade turística da região. O movimento começou pequeno, com produção artesanal feita em escala familiar, e evoluiu para fábricas estruturadas, taprooms abertos à visitação e até roteiros oficiais dedicados à degustação.
Jundiaí promove a “Rota da Cerveja Artesanal”, que reúne uma série de marcas locais, e coloca a degustação de chope e cervejas especiais no mesmo patamar das rotas de vinho e de herança cultural da cidade. Itupeva também abriga um pequeno polo cervejeiro com três fábricas, que oferecem chope puro malte em diferentes estilos (pilsen, gold, ale e escuro) e rótulos sazonais sem processos de filtragem nem pasteurização, o que reforça o apelo de “cerveja fresca” na torneira. Visitas guiadas consolidam a cidade como parada para quem quer conhecer produção independente de cerveja, e não só consumir. Itatiba e Atibaia também possuem pequenos produtores que apostam no combo de cerveja de qualidade, harmonização com pratos e comida de boteco e música ao vivo.


As frutas, é claro, também se fazem presente em rótulos especiais. Goiaba, jabuticaba e amora aparecem em sours, witbiers e IPAs. A fruta entra para dar cor, acidez e aroma frescos e é uma forma de incorporar, no copo, o mesmo patrimônio símbolo do Circuito.
As cervejarias, seja com visitação ao processo de produção, ou disponíveis em agradáveis bares, ajudam a criar um novo tipo de turismo na região: em vez de só comprar produtos locais, o visitante passa a circular entre rótulos autorais, conversa com quem fabrica e incorpora a cultura cervejeira como mais um selo de identidade do interior paulista.


