Ingredientes do campo

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Foto Márcio Masulino

O campo do Circuito abastece a mesa e inspira produtos. Pequenos produtores e agroindústrias artesanais vem diversificando a paisagem com pimentas, cogumelos, ervas culinárias e apiários, ingredientes que reforçam identidade, agregam valor e ampliam o calendário de experiências turísticas.

Pimentas crescem em canteiros e estufas. Variedades como biquinho, dedo-de-moça, jalapeño e habanero convivem com cultivos mais raros. A colheita escalonada alimenta uma cadeia criativa de produtos: molhos fermentados, geleias agridoce, conservas em óleo, pimentas defumadas e pós artesanais. A fermentação láctica, cada vez mais comum, dá profundidade de sabor e estabilidade. Parte da produção abastece restaurantes locais e feiras, aproximando quem planta de quem cozinha.

Sistemas sombreados e manejo controlado de umidade sustentam o cultivo de diferentes tipos de cogumelos. Produtores aproveitam toras de eucalipto ou substratos à base de serragem e farelos, fechando ciclos com reaproveitamento do material pós-colheita como adubo. O resultado é um ingrediente fresco, colhido no ponto, que chega às mesas em risotos, grelhados, conservas e pastas. Visitas guiadas mostram inoculação, frutificação e boas práticas de higiene.

Manjericão, alecrim, sálvia, tomilho, hortelã e coentro ganham espaço em sistemas agroecológicos. Além da venda in natura, cresce a oferta de ervas desidratadas, sais aromatizados e óleos macerados. Para chefs e mercearias, a possibilidade de comprar ervas colhidas no dia muda o padrão de frescor dos pratos.

As colmeias espalhadas entre pomares e matas produzem méis de diferentes floradas (cítricos, silvestre, eucalipto), além de própolis, pólen, cera e hidromel. A apicultura dialoga com a fruticultura ao favorecer polinização e produtividade, e exige manejo responsável: distância de áreas urbanas, controle sanitário e rastreabilidade.

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