
A história do Circuito das Frutas está diretamente ligada ao trem. No fim do século XIX, as linhas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro foram decisivas para escoar a produção agrícola, principalmente café, uva e figo, até a capital e o Porto de Santos. Esse passado ainda pode ser visto nos museus ferroviários e antigas estações preservadas.
Em Jundiaí, o Museu da Companhia Paulista ocupa parte do complexo ferroviário, reunindo locomotivas, vagões e documentos que narram a importância da ferrovia para o desenvolvimento regional. Em Valinhos, a estação histórica, hoje restaurada, funciona como espaço cultural e memorial ferroviário. Louveira e Itatiba também preservam suas estações.
Os locais exibem locomotivas, vagões, equipamentos de oficina, plantas, bilhetes e fotografias que explicam como os trilhos encurtaram distâncias, viabilizaram o escoamento da produção e influenciaram o desenho urbano. Antigas estações restauradas funcionam como centros de memória e espaços expositivos e galpões de tijolo aparente abrigam acervos e atividades educativas que abordam engenharia, trabalho e vida cotidiana nos tempos do apito.
As antigas estações também têm símbolo afetivo: a plataforma foi um lugar de encontros, despedidas e memórias que atravessam gerações.



