A combinação de áreas rurais produtivas, fragmentos da Mata Atlântica e represas cria um mosaico de habitats que aproxima iniciantes e veteranos da observação de aves, com logística simples e fácil acesso.
O destaque natural da região é a Serra do Japi, em Jundiaí, um maciço coberto por remanescentes de Mata Atlântica que concentra cerca de 250 espécies. Ali, é possível registrar desde pássaros coloridos, como o tiê-preto e a saí-azul, até rapinantes como o gavião-carijó e pica-paus variados.








Fora dos ambientes florestais, pomares e áreas abertas revelam aves queridas pelos observadores: bem-te-vi, sabiá-laranjeira, tico-tico e joão-de-barro, entre outros.
No fim, o birdwatching é mais que contar espécies. É exercitar atenção, reconhecer os ritmos da paisagem produtiva, perceber que um pomar bem manejado e uma mata bem conservada podem ser vizinhos e aliados. É também um jeito de viajar sem pressa: ouvir o coro da manhã, acompanhar um voo sobre o parreiral, respirar o cheiro de folha úmida e voltar para casa com a sensação de ter aprendido um novo idioma: o das aves que dão voz à região.

Todas as fotos deste post são de Márcio Masulino


