
A consolidação institucional veio com a aproximação do poder público. O Governo do Estado, por meio das Secretarias de Turismo, Economia e Planejamento e Agricultura, passou a apoiar a agenda que surgia do campo. Um marco foi a Oficina de Planejamento Regional do Programa Nacional de Municipalização do Turismo, em agosto de 2002, que reuniu municípios e setor privado. Dali nasceu o Grupo de Trabalho do Polo Turístico do Circuito das Frutas, com representantes das prefeituras, da Associação e do Jundiaí e Região Convention & Visitors Bureau, e o esboço de um plano regional voltado à gestão integrada.
O passo seguinte foi histórico: em 2 de outubro de 2002, no Palácio dos Bandeirantes, o Governo Estadual oficializou o Polo Turístico do Circuito das Frutas, o primeiro polo regional formalmente criado em São Paulo, referência para outras regiões. Em 2004, a governança avançou com a criação do Consórcio Intermunicipal para Desenvolvimento do Polo Turístico do Circuito das Frutas, reunindo áreas de turismo e agricultura dos oito municípios iniciais, e, ao final do mesmo ano, a integração de Atibaia e Morungaba.
Essa arquitetura coincidiu com a agenda federal de regionalização: a partir de 2002, o Programa Nacional de Regionalização do Turismo orientou políticas e investimentos, reforçando a importância de governanças intermunicipais. Munido de associação forte, grupo de trabalho público-privado, reconhecimento estadual e consórcio formal, o Circuito ganhou capacidade de planejar, captar e entregar: padrões de qualidade, roteiros integrados, qualificação das propriedades e Plano de Desenvolvimento Turístico do Circuito das Frutas.
Resultado: um destino que sai da soma de iniciativas locais e entra no patamar de política regional, com foco em turismo rural e fruticultura, competitividade econômica e preservação de sua identidade produtiva.


